O maior temor é que haja uma guerra civil, ganhe quem ganhar, seja Lula ou
Bolsonaro, já que a população está muito dividida e armada, uma política que foi
prioridade desse atual governo, que incentivou e facilitou o armamento de parte
considerável da população. Essa divisão ficou muito clara no primeiro turno, com
Lula com 48,4% e Bolsonaro com 43,2% dos votos, ou seja, para o pleito de amanhã
(30/10), a diferença de quem será eleito será mínima, de acordo com as atuais
pesquisas de intenção de votos, cerca de 6%, ou seja, quem sair vitorioso terá
enorme dificuldade de governar o país pelos próximos quatro anos, pois a
população está dividida.
Infelizmente os candidatos não levaram para suas
campanhas temas como o combate à fome, o desemprego, propostas de melhoria para
a saúde, segurança, habitação, dentre outras questões tão prioritárias e
urgentes para a população brasileira.
O que se viu nesses últimos meses de
campanha eleitoral, foi uma verdadeira batalha para ver quem desceria mais o
nível, com ataques diretos dos dois lados, com desrespeito total entre ambas as
partes, bem como um acinte aos eleitores, que foram obrigados a ver um nível de
baixaria jamais vista em pleitos anteriores, sem falar na epidemia de fakenews
que fora disseminada neste período, uma verdadeira indústria da mentira que fora
sistematizada e ramificada em todas as redes sociais.
O verdadeiro debate de
ideias e propostas para o bem do Brasil, fora deixado de lado e entraremos num
novo ciclo governamental, às escuras, pois não se sabe claramente quais são as
políticas públicas de cada candidato, pois não assumiram de forma clara e direta
o que pretendem para o rumo do país. O que sabemos é que, seja quem ganhar terá
um país com sérios problemas a serem resolvidos em todas as áreas, sejam elas,
econômicas, de infraestrutura, saúde, educação, assistência social, etc. O que
vem pela frente é um país sem rumo, com a forme e o desemprego batendo níveis
recordes, são mais de 33 milhões de pessoas famintas, num país que é considerado
celeiro para o mundo.
Mas os nossos presidenciáveis preferiram se degladiarem
entre si, atacando-se mutuamente de forma vil, sem apresentar à população o que
de fato querem para melhorar a condição de vida dos brasileiros. Vamos para um
governo de mais quatro anos, sem sabermos com clareza de ambos os candidatos,
quais medidas e politicas públicas serão implementadas.
É lamentável chegarmos a
esse momento da história do Brasil, em que podíamos estar caminhando rumo ao
pleno desenvolvimento, mas que temos a sensação de estarmos num processo de
regressão.
Diante dos fatos, só nos resta torcer para que haja harmonia entre o
povo brasileiro, que como diz o adágio, “não desiste nunca”, e o maior
comparecimento às urnas dos eleitores nesse primeiro turno, feito histórico,
impulsionado principalmente por aqueles em que o voto é facultativo; os acima de
16 anos e com mais de 70 anos, mostrou exatamente isso, o povo brasileiro se
interessa pelo jogo democrático e não quer perder a oportunidade de exercer a
sua cidadania.
Que possamos votar conscientes e escolher aquele que achamos que
possa ser o melhor gestor para o país, apesar de não termos tido a oportunidade
de acesso a subsídios satisfatórios para fazer essa escolha. Portanto, que vença
a democracia brasileira e que o presidente eleito faça jus a cada voto
conquistado.