Total de visualizações de página

sábado, 29 de outubro de 2022

Que Brasil teremos depois das eleições?

O que tem se visto nestes últimos tempos antes do pleito eleitoral é uma polarização de proporções nunca antes vista na história do Brasil desde sua redemocratização. Chegou a tal ponto de amizades serem desfeitas, famílias entrarem em conflito, desentendimentos no âmbito de trabalho, que aliás, de acordo com o MPT (Ministério Público do Trabalho), o número de denúncias aumentou substancialmente neste segundo turno, sendo mais de 1,7 mil denúncias de assédio eleitoral, bem como a violência física e até crimes sendo cometidos por militantes tanto do partido de esquerda quanto de direita, nos quais inclusive alguns tiveram desfecho trágico, culminando em assassinatos. 

 O maior temor é que haja uma guerra civil, ganhe quem ganhar, seja Lula ou Bolsonaro, já que a população está muito dividida e armada, uma política que foi prioridade desse atual governo, que incentivou e facilitou o armamento de parte considerável da população. Essa divisão ficou muito clara no primeiro turno, com Lula com 48,4% e Bolsonaro com 43,2% dos votos, ou seja, para o pleito de amanhã (30/10), a diferença de quem será eleito será mínima, de acordo com as atuais pesquisas de intenção de votos, cerca de 6%, ou seja, quem sair vitorioso terá enorme dificuldade de governar o país pelos próximos quatro anos, pois a população está dividida. Infelizmente os candidatos não levaram para suas campanhas temas como o combate à fome, o desemprego, propostas de melhoria para a saúde, segurança, habitação, dentre outras questões tão prioritárias e urgentes para a população brasileira. 

O que se viu nesses últimos meses de campanha eleitoral, foi uma verdadeira batalha para ver quem desceria mais o nível, com ataques diretos dos dois lados, com desrespeito total entre ambas as partes, bem como um acinte aos eleitores, que foram obrigados a ver um nível de baixaria jamais vista em pleitos anteriores, sem falar na epidemia de fakenews que fora disseminada neste período, uma verdadeira indústria da mentira que fora sistematizada e ramificada em todas as redes sociais. 

 O verdadeiro debate de ideias e propostas para o bem do Brasil, fora deixado de lado e entraremos num novo ciclo governamental, às escuras, pois não se sabe claramente quais são as políticas públicas de cada candidato, pois não assumiram de forma clara e direta o que pretendem para o rumo do país. O que sabemos é que, seja quem ganhar terá um país com sérios problemas a serem resolvidos em todas as áreas, sejam elas, econômicas, de infraestrutura, saúde, educação, assistência social, etc. O que vem pela frente é um país sem rumo, com a forme e o desemprego batendo níveis recordes, são mais de 33 milhões de pessoas famintas, num país que é considerado celeiro para o mundo. 

Mas os nossos presidenciáveis preferiram se degladiarem entre si, atacando-se mutuamente de forma vil, sem apresentar à população o que de fato querem para melhorar a condição de vida dos brasileiros. Vamos para um governo de mais quatro anos, sem sabermos com clareza de ambos os candidatos, quais medidas e politicas públicas serão implementadas.

 É lamentável chegarmos a esse momento da história do Brasil, em que podíamos estar caminhando rumo ao pleno desenvolvimento, mas que temos a sensação de estarmos num processo de regressão.

 Diante dos fatos, só nos resta torcer para que haja harmonia entre o povo brasileiro, que como diz o adágio, “não desiste nunca”, e o maior comparecimento às urnas dos eleitores nesse primeiro turno, feito histórico, impulsionado principalmente por aqueles em que o voto é facultativo; os acima de 16 anos e com mais de 70 anos, mostrou exatamente isso, o povo brasileiro se interessa pelo jogo democrático e não quer perder a oportunidade de exercer a sua cidadania. 

 Que possamos votar conscientes e escolher aquele que achamos que possa ser o melhor gestor para o país, apesar de não termos tido a oportunidade de acesso a subsídios satisfatórios para fazer essa escolha. Portanto, que vença a democracia brasileira e que o presidente eleito faça jus a cada voto conquistado.