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sábado, 2 de agosto de 2008

Um dia de cada vez

Estou extremamente intrigado: Por que vivemos tão mecanicamente?

Lendo o livro emprestado de uma grande amiga Ana, Nossos índios, nossos mortos de Edilson Martins, descreve no decorrer do livro, a história de um índio saiu de sua aldeia e foi para a cidade grande.
Ao chegar lá, teve muita dificuldade de se adequar ao modo do yara (homem branco), mesmo assim, serviu o exército, foi garçom, enfim, viveu grandes aventuras no mundo "civilizado", mas a saudade de sua terra crescia cada dia mais.
Ralita, agora chamado de Antonio em São Paulo, não conseguia esquecer sua gente, sua terra, seu cantinho. Acabou voltando para a aldeia, mas ficou um tanto perdido com esta volta, porque já não sabia se era índio ou yara.
Até seu povo o hostilizou logo que chegou. Mas, Ralita conseguiu vencer a dicotomia em que vivia e mesmo não aderindo mais a algumas tradições de sua tribo, como usar tangas, já que agora usava "shorts", e que também já não se pintava mais.
Casou-se com uma índia com quem teve três filhos. E Ralita revela que uma das grandes dificuldades que tivera quando conviveu com homem branco, era que este tinha hora prá tudo, hora de tomar banho, hora de comer, hora de namorar, hora de rezar, etc, etc.
Ele não compreendia como um povo vivia tão mecanicamente sem espontaneidade.
Talvez a maior prisão do homem branco, seja exatamente esta; escravo do tempo!

Um comentário:

  1. Vc me faz muita falta aqui...
    Espero q da próxima vez venha de ônibus pois assim fica mais tempo com a gente rss..
    Um "forte" abraço de quem já não tem mais "forças".
    Bjinhos

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