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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Eleições: A guerra continua

Todo ano de eleições é sempre a mesma coisa; dá muito que falar. As eleições desse ano não poderia ser diferente. Estamos num verdadeiro inferno eleitoral. Acusações, brigas em público, provocações, insinuações, arrogância. Tudo em nome de uma politicalha barata em que não há o bom senso e sim discursos demagogos. O que deveria ser feito; discussões em torno de projetos que pudessem ajudar a melhorar o Brasil ficam relegados a segundo plano, ou melhor, às vezes nem acontecem. Políticos preferem guerrear-se verbalmente, faltarem com decoro, para lavarem sua roupa suja, que, aliás, a cada dia se torna mais lambrecada.
É impressionante constatarmos estarmos vivendo situações tão dramáticas, e às vezes até cómicas quando o assunto gira em tomo da política nacional. São tantos os descalabros que fico imaginando, se há outro lugar no mundo, onde possa acontecer tantas falcatruas, disparidades e a população permanecer impassível...
Parece que estamos narcotizados com os acontecimentos, que nada mais nos abala. E pior, estamos perdendo a esperança de dias melhores. Que não adianta prosseguirmos em nossa luta. Luta, aliás, que nos últimos tempos, tem sido enfraquecida pelas elites dominantes e pelos donatários do poder que insistem em nos enganar e nos persuadir com discursos e ações demagógicas.
É hora de reagirmos e tomarmos posições, principalmente agora em época de pleito. Se não separarmos o joio do trigo, correremos o risco, como já se vê, de caminharmos para uma derrocada irreversível em nossa soberania, nossa democracia, que com o passar do tempo, ao invés de amadurecer, continuará imatura e desordenada.
Alguns políticos estão certos de que a impunidade sempre reinará em nosso país. Por isso nada fazem para que nossas leis e  administrações públicas, sejam eficazes. Pois, para eles, não é importante que o Brasil caminhe no rumo certo, já que não terão como se promoverem politicamente por meio de ações e discussões sadias. Em suas visões, somente a miséria, o assistencialismo e o populismo, é que elegem um governante.
Se nós, eleitores e acima de tudo cidadãos brasileiros, não fizermos valer nossos direitos constitucionais, se não colocarmos a mão na massa, deixarmos de ficar apenas murmurando, e não irmos em busca de ações concretas que possam definitivamente ser colocadas em prática, nossa realidade só tenderá a piorar.
E não adianta colocarmos a culpa apenas "neles". Temos nossa parcela ainda que menor, também pelos desmandos que acontecem em nosso país. Agimos exatamente como os que criticamos. Somos tão demagogos quanto eles. Visamos nosso próprio bem-estar. Pesquisa realizada por uma entidade não governamental, apontou um significativo percentual dos brasileiros, que dizem cometer 'certa' corrupção, seja falseando informações, ou cometendo pequenos deslizes, se baseando no "jeitinho brasileiro" de tudo conseguir.
Até parece que estamos vivendo uma era apocalíptica. Final dos tempos. Criminosos são soltos, assassinos sem condenação, bandidos tomando o lugar do estado de direito, mães abandonando seus filhos em lixões, e políticos sem nenhum escrúpulo ou pudor na impunidade eterna, deitados em berço esplêndido do Congresso Nacional. É como se a partir de agora, estejamos partindo para um rumo incerto e não sabido.
Que Deus, brasileiro ou não, tenha pena de nós. Amém! Agora mais do que nunca, aja e vote consciente!