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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sentir o universo

Hoje tive uma experiência única. Fui ter aula particular de Língua Portuguesa. Bom, ia imaginando que poderia ser chato a beça, passar três horas aprendendo português. Não que eu não goste, apenas tenho uma certa dificuldade com a gramática.
Pois bem, três horas se passaram tão rápido, que nem acreditei. O mestre Prof. Cabreira, não apenas me ensinou o trivial, mas fez-me enxergar as coisas de forma diferente. E de aprender de outras maneiras que não tinha feito antes. Uma das frases que disse várias vezes é que teria que sentir o universo.
No começo fiquei um pouco desconfiado, mas aos poucos fui ententendo onde ele queria chegar. É que temos tanta resistência as pessoas e coisas, que muitas vezes não conseguimos enxergar e sentir o outro em sua plenitude. Quantas vezes travamos um diálogo com alguém, pensando nos milhões de coisas que temos que fazer, que nos esquecemos completamente de nosso interlocutor, e por vezes pedimos desculpas por não ouvi-lo.
Na relação de aluno e professor não é diferente. Geralmente queremos estar a frente dos mestres e por vezes os mestres se mostram superiores, portadores de verdades absolutas, daí cria-se resistência no aprendizado.
O fato é que fiquei embasbacado em não saber definir algumas palavras usadas cotidianamente. Não paramos para analisar o sentido, sinônimos e antônimos daquilo que está ao nosso redor. Por exemplo, você saberia me dizer o antônimo de esperar. Qual verbo utilizaríamos? Pois é, eu não sabia, apesar do óbvio.

Interessante notar como nossos argumentos são restritos e caem por terra com facilidade. Estamos na onda das informações globalizadas, mas não sabemos ir a fundo em um determinado assunto por que sabemos apenas o superficial. Você saberia me dizer por que Manoel Zelaya foi parar na embaixada do Brasil em Honduras? E se ele ainda está lá? É... as informações que assimilamos são voláteis, se perdem com o passar do tempo.
A verdade é que pensar está cada vez mais díficil. Estimular nossos neurônios é uma atividade que não tem encontrado espaço em nosso dia-a-dia. Ler por exemplo, quantos livros já lestes nos últimos dias? Saberia contextualizar, interpretar e parafrasear sua leitura?
A futilidade tem nos consumido. Orkut, Twitter, BBB, novelas, etc. Estamos na era da mediocridade. Aliás, saberia dizer ao pé da letra o que vem a ser me-di-o-cre? Outra situação a salientar é como estamos acostumados a não usar nosso raciocínio lógico. Sempre fazemos perguntas esperando respostas. Não usamos a retórica para termos as respostas de nossas próprias perguntas. Aliás, quando se pergunta, no próprio enunciado já está cinquenta por cento da resposta. Mas este é um exercício que não atribuímos a nosso cerébro. Bom, por esta noite é só. Antes de terminar, deixo você refletir sobre pertinência, conveniência, oportunidade, consciência...

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