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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Inversão de papéis: imprensa x justiça

Nos últimos dias temos acompanhado uma sucessão de fatos que têm mexido com a consciência coletiva. Afinal, crimes bárbaros foram praticados por pessoas que utilizaram da mais perversa crueldade. Esses fatos me fizeram lembrar do livro que li há cerca de três anos; Mentes Criminosas e Crimes Assustadores do autor John Douglas. Nesse livro há relatos de crimes assustadores cometidos e com todos os detalhes colhidos pelas investigações policiais.
Porém nos assassinatos descritos não se chegou ao autores do crime, um deles por exemplo, é o do serial killer Jeck Estripador, cuja autoria até hoje não foi descoberta. O interessante da obra é a tentativa de percorrer os caminhos de uma mente assassina, cujos estudos recentes indicam que esta possue alto índice de inteligência.
Nesses últimos acontecimentos tem se a evidência de que os nervos dos brasileiros estão à flor da pele. Anda se matando por pouca ou nenhuma significância - e é bom registrar que nada pode justificar a autoria de um crime - e ainda o que é pior; tem havido a banalização da violência. A sensibidade das pessoas tem se esfriado ao longo dos tempos. O que temos visto é que a imprensa tem dedicado seu espaço para que as tragédias humanas se tornem espetáculo, como num roteiro de cinema, e com isso faça induzir a massa para a "normalidade" dos fatos. O caso mais estarrecedor foi daquele assassinato de um delegado em plena entrevista para uma emissora de rádio.
Esta mesma imprensa que diz lutar pela liberdade de imprensa, tem sido a primeira a sentenciar culpados sem que a prova da autoria dos crimes e a condenação pela Justiça seja consumada. Tem havido com os últimos acontecimentos uma inversão de papéis. A Imprensa no lugar da Justiça, dois poderes (já que a imprensa é denominada quarto poder) se degladiando para ver quem ocupa o lugar de destaque colhendo os louros da glória dos holofotes, que diga-se de passagem tendo as tragédias alheias como foco principal.
Agora é preciso responder com sinceridade; o que dá mais Ibope? Ou melhor, o que se quer ver nos noticiários? Mocinhos ou bandidos?

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